Raros, volumes iniciais de alguns mangás custam até 1800% a mais em lojas especializadas

Uma das principais dores de cabeça de colecionadores de quadrinhos em pauta

dudunaweb

February 24, 2016 12:10pm BRT (há 2 dias)

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Dificuldades para completar uma série é uma dor de cabeça pela qual a maioria dos colecionares de quadrinhos já passou, e uma das opções para não ficar com uma obra desfalcada acaba sendo a compra daqueles volumes restantes por um preço maior que o de capa.

Sabendo que mangás, assim como outros quadrinhos, também sofrem desse problema, muitas lojas costumam fazer estoque de volumes raros para revenda a um preço maior, garantindo assim lucro à empresa e comodidade ao consumidor que conseguirá os números desejados.

Porém, algumas costumam passar dos limites do aceitável e cobram três, quatro, cinco ou mais vezes o preço de capa de um título. Em um episódio inédito, a Comix está cobrando R$199,90 pelo volume 1 de One Piece, cujo preço de capa é R$10,90. Mais de 18 vezes o preço fixado pela editora do mangá, a Panini.

A prática não se restringe ao mangá dos piratas, mas é a maior discrepância de valores que achamos no site da loja. Outros preços inflados identificados foram Vinland Saga #1 (R$ 49,90) e 20th Century Boys #1 (R$ 39,90).

A maior afetada por essa prática do mercado - além, claro, do consumidor - é a editora Panini, que apesar dos esforços contínuos, hoje ainda é a menos eficaz quando o assunto é reimpressão de volumes esgotados, o que facilita bastante esse mercado.

Apesar de ser o maior exemplo da superinflação de mangás, a Comix não é a única nesse barco. Diversas lojas físicas adotam a mesma medida, e até mesmo stands em eventos temáticos. No último Anime Friends havia vendedores oferecendo os 10 primeiros volumes de Naruto (primeira edição) por R$1.000.

Enquanto não houver políticas mais firmes por parte de todas editoras quanto a números esgotados, continuará cabendo ao consumidor uma avaliação se vale a pena pagar muito mais caro para completar uma coleção.